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PF pode pedir prisões preventivas
As prisões temporárias terminam a zero hora de hoje

A Polícia Federal de Curitiba deve definir ainda hoje se pede ou não a conversão da prisão temporária para prisão preventiva das 11 pessoas investigadas na ”Operação Parceria”. A temporária se encerra hoje (15/05/2010), à meia-noite; a preventiva tem tempo indeterminado. As prisões aconteceram na última terça-feira (11/05/2010), resultado de uma investigação conduzida desde 2008 pela Controladoria Geral da União (CGU) em três municípios paranaenses e que apontou um desvio de R$ 24 milhões em recursos federais repassados para Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap). Ao todo, contudo, a entidade teria recebido cerca de R$ 1 bilhão do Governo Federal, em cinco anos, e desviado em torno de R$ 300 milhões.

Entre os presos estão o presidente do Conselho Administrativo do Ciap, Dinocarme Aparecido Lima; a esposa dele, Vergínia Aparecida Mariani; o ex-diretor da faculdade Inesul – propriedade de Lima -, Paulo Chanan, e Juan Carlos Monastério, que seria o lobista do grupo. Anteontem se apresentou à PF o advogado do Ciap, Fernando José Mesquita, até então um dos três foragidos. Ontem à tarde era aguardada a apresentação de mais um, o que não ocorreu.

Em Londrina são seis os presos temporariamente, além de cinco em Curitiba e uma em Apucarana – a prisão do advogado não expira hoje.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, a decisão sobre as prisões, por parte do delegado que coordena a operação, Ricardo Cubas, depende de resultados da perícia na documentação contábil e bancária dos presos apreendida esta semana durante o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão no Paraná e em Goiás, Maranhão, Pará e São Paulo. A análise é feita por uma força-tarefa composta por técnicos da PF, da Receita Federal e da CGU e abrange ainda contratos e todo tipo de mídia de armazenamento de informações.

Legislativo – Na próxima segunda (17/05/2010), às 9h30, os contratos do Ciap com a Prefeitura de Londrina e o futuro dos mais de 1.100 funcionários da entidade que prestam serviços ao Município serão tema de uma reunião na Câmara de Vereadores. Vão participar os secretários municipais Edson Antonio de Souza (Saúde) e Marco Cito (Gestão Pública), o procurador jurídico da Prefeitura, Gabriel Bertin, e a da Câmara, Michelle Bazzo, além da procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luciana Estevan. A reunião foi convocada pela Comissão de Seguridade da Casa, composta pelos vereadores Sandra Graça, Marcelo Belinati (PP) e Lenir de Assis (PT). Em nota, Sandra, que preside o grupo, informou que há preocupação ”no sentido de garantir a continuidade dos serviços prestados à população e da garantia do pagamento dos salários dos funcionários”.

Fonte: Folha de Londrina