Operação Deadline | Tráfico Internacional Entorpecentes | Polícia Federal
Operação ‘Deadline’ começou às 6h desta quinta (3/05/2012) e encerrou às 11h30.
Prisões foram efetuadas em Paranaguá, no PR, SP, PB, RS e SC.
A operação começou por volta das 6h desta quinta-feira (3/05/2012). Cinco veículos, um barco de passeio e 130 quilos de cocaína foram apreendidos.
11 são presos em Paranaguá em ação contra tráfico de cocaína via portos
estados. A PF apreendeu 11 veículos, uma lancha e 66 mil dólares e 3 mil
reais em dinheiro em Paranaguá
Três
pessoas presas em Paranaguá são de origem boliviana. Vinte e cinco
mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos nos cinco estados. Ao
todo, 105 policiais federais participaram da ação.
Pela manhã, cinco pessoas foram presas no Rio Grande do Sul, três em
São Paulo, uma em Santa Catarina e uma na Paraíba. O homem preso no
Nordeste é fugitivo do Paraná, de acordo com a PF.
As investigações tiveram início em novembro de 2011. Havia indícios de que a droga era despachada por meio de contêineres do Porto de Paranaguá.
A PF apreendeu 129 quilos de cocaína durante as investigações. Dessa
quantidade, 21 quilos foram apreendidos no Porto de Rio Grande (RS) e
cinco pessoas foram presas. Houve apreensões de cocaína também no Porto
de Valência, na Espanha, e no Porto de Antuérpia, na Bélgica. Nessas
localidades foram apreendidos 38 e 70 quilos da droga, respectivamente.
Não houve prisões na Europa. Os 129 quilos de cocaína foram avaliados em
R$ 10 milhões.
Esquema da quadrilha
A cocaína manipulada pela quadrilha era fabricada na Bolívia. A droga
passava pelo Paraguai e era transportada para o interior de São Paulo.
Do estado vizinho, a cocaína era levada para o Porto de Paranaguá.
Segundo a PF, a droga era exportada para a Europa e para a África em
contêineres que saíam do porto paranaense. Funcionários de empresas
marítimas do Porto de Paranaguá tinham envolvimento com a quadrilha.
Eles monitoravam a chegada dos contêineres e o envio dos mesmos –
recheados com a droga – para os dois continentes.
No Brasil, as duas ramificações principais da quadrilha funcionavam em Paranaguá e no interior de São Paulo.
A operação da PF teve sucesso porque contou com a participação das
polícias da Espanha e da Bélgica. De acordo com o delegado da Polícia
Federal Sérgio Luís Stinglin de Oliveira, que comandou a operação em
Paranaguá, foi necessário permitir que um carregamento de cocaína saísse
de Paranaguá – já monitorado pela PF – para que fosse possível
descobrir qual era o destino dos contêineres. Apreensões de cocaína
foram feitas nos portos de Antuérpia (Bélgica) e Valência (Espanha).
“O importante não foi apenas as prisões feitas, mas a
descapitalização da quadrilha”, afirmou o delegado Oliveira. A PF
apreendeu 11 veículos, uma lancha e 66 mil dólares e 3 mil reais em
dinheiro em Paranaguá. Segundo Oliveira, o total da apreensão é avaliado
em 3,5 milhões de reais. A remessa de drogas que foi enviada para o
exterior está avaliada em 10 milhões de reais no mercado europeu.
Fonte: Gazeta do Povo