Violência

Delegado assume e promete reduzir criminalidade

Fernando Francischini, que assumiu Secretaria Antidrogas de Curitiba, quer baixar índices relacionados com o tráfico de drogas

Curitiba – O delegado da Polícia Federal (PF), Fernando Francischini, assumiu ontem o cargo de secretário municipal especial antidrogas, em Curitiba, prometendo reduzir os índices de criminalidade relacionados com o tráfico de drogas. Ele pretende fazer um diagnóstico dos locais onde mais existem problemas em Curitiba e disponibilizar os estudos de ”inteligência” para o governo do Estado – responsável constitucional por garantir a segurança pública. A indicação de Francischini foi aprovada pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal – que liberaram o delegado para atuar na Prefeitura de Curitiba. .

O prefeito Beto Richa (PSDB), que desde as eleições de 2006 rompeu com o governador Roberto Requião (PMDB) por conta de apoiamentos políticos, evitou fazer críticas pessoais. Mas deixou claro que não iria se omitir diante dos sérios problemas de criminalidade da capital paranaense. ”Ninguém é dono da verdade. Temos que conversar com todas as entidades, classe política e imprensa para conseguirmos avanços significativos. A população só perde com governantes que querem agir de forma truculenta. Eu não tenho tempo para isso. Eu não tenho tempo nem para responder as agressões. Trabalho em favor de nossa cidade”, disse Beto.
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A posse de Francischini teve a presença do ex-procurador geral do Estado Sérgio Botto de Lacerda e do senador petista Flávio Arns. Lacerda e Francischini são amigos pessoais e atuaram juntos em investigações realizadas em 2006. Ambos são considerados como inimigos políticos do secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
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Beto nega que tenha criado a pasta para provocar Requião. ”Não foi uma provocação. Nem a colocação de 500 guardas municipais em Curitiba, nem ter dobrado a frota de veículos da guarda, nem a preocupação com a criminalidade crescente. Eu, conhecendo o governador, nem considero uma provocação o fato do governo ter cortado R$ 64 milhões de recursos para Curitiba pelo simples fato dele ter perdido a eleição”.
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O prefeito considerou como brincadeira insana a declaração de Requião de que a criação da Secretaria Antidrogas era fundamental porque a Prefeitura de Curitiba era ”uma droga”. ”Requião está em dissonância com o governo. A Secretaria Antidrogas será fundamental para prevenção, conscientização e redução do uso de drogas em Curitiba e, consequentemente, da criminalidade. Não queremos tirar a atribuição de ninguém. Queremos é subsidiar as polícias para que elas tenham um diagnóstico claro da situação na capital”, ponderou Beto.
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Luciana Pombo
Equipe da Folha de Londrina