Novo Acelerador: desvendando segredos do cosmos
Explore o universo intrigante do acelerador de partículas, mergulhe nas inovações da física e desvende os segredos do cosmos com o renovado Grande Colisor de Hádrons.
O dispositivo acelerador de partículas, denominado Grande Colisor de Hádrons (LHC), é tema de intensos debates entre físicos. O foco agora está na concepção de um novo acelerador, três vezes maior que seu antecessor. Com um custo estimado em US$ 15 bilhões, o projeto tem provocado debates acalorados.
O que constitui o acelerador de partículas e qual sua importância?
O acelerador de partículas é uma estrutura monumental que possibilita aos cientistas a identificação de novas partículas, com potencial para revolucionar a física e proporcionar uma compreensão mais profunda da mecânica do universo. Situado na fronteira entre Suíça e França, próximo a Genebra, o atual Grande Colisor de Hádrons (LHC) possui uma circunferência de 27 km.
Por meio dele, os cientistas conseguem impulsionar partículas subatômicas em trajetórias opostas e a velocidades próximas à da luz, para, posteriormente, fazê-las colidir com uma energia sem precedentes. Esse processo resulta na fragmentação em partículas menores, fornecendo pistas sobre a estrutura e a interação dos átomos.
Desvendando o Bóson de Higgs: a singularidade do acelerador de partículas
O principal feito do Grande Colisor de Hádrons até o momento foi a identificação da partícula Bóson de Higgs em 2012. Trata-se de uma “peça fundamental” que confere massa a todas as outras partículas no universo. A existência dessa partícula, teorizada pelo físico britânico Peter Higgs em 1964, só foi confirmada quase cinquenta anos depois, graças ao LHC.
Essa descoberta foi crucial para preencher lacunas na teoria atual das partículas subatômicas, também conhecida como Modelo Padrão.
O futuro do acelerador de partículas: FCC – Future Circular Collider
No entanto, o LHC ainda não conseguiu encontrar partículas que explicariam 95% do cosmos. Os cientistas continuam em busca de respostas para dois grandes mistérios: a energia escura e a matéria escura. É nesse contexto que o projeto do Future Circular Collider (FCC) assume importância.
Com um custo de 15 bilhões de dólares, o FCC teria praticamente três vezes a circunferência do LHC e seria duas vezes mais profundo. Sua construção está planejada para ocorrer em duas fases, com o início da primeira fase previsto para meados da década de 2040.
Apesar das preocupações com os custos e a viabilidade do projeto, a diretora-geral do Cern, professora Fabiola Gianotti, acredita que a construção do FCC representaria um passo significativo para a humanidade compreender melhor o universo.
Por fim, o desenvolvimento do FCC está atualmente em fase de avaliação das reações dos membros do Cern, que terão que custear a nova máquina.