Inteligência Artificial centrada no ser humano
Tecnologia

Especialista da ONU defende a soberania digital

A inovação em IA deve permanecer centrada no ser humano

O Diretor do Escritório de Desenvolvimento de Telecomunicações da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Cosmas Zavazava, afirmou que o mundo precisa promover tecnologias inovadoras para o bem das pessoas, ou seja, centrada no ser humano, garantindo a proteção da privacidade e da segurança dos dados diante do avanço da Inteligência Artificial (IA). Ele falou à margem do primeiro fórum euro-asiático de Tecnologia da Informação (TI), que aconteceu em Moscou.

O evento internacional reuniu especialistas em tecnologia e informação no centro de imprensa multimídia internacional do grupo de mídia Rossiya Segodnya. O tema do fórum foi “A soberania digital como base para a cooperação internacional de longo prazo”.

“É claro que é importante preservar a privacidade e o gerenciamento de dados, por isso, acho que é muito importante defender a soberania digital em todo o mundo. Nós apoiamos uma sociedade digital inclusiva e muitas pessoas se sentem desencorajadas por causa da insegurança na era da informação”, disse Zavazava.

Os desafios e oportunidades da nova era digital

Ele destacou que, com o surgimento da nova era digital e as “grandes coisas” que estão por vir, a comunidade internacional como um todo e seus membros individuais devem estabelecer o arcabouço legal para as novas tecnologias em rápida evolução. No entanto, a digitalização deve permanecer centrada no ser humano, enfatizou Zavazava, alertando para os riscos que ela pode trazer.

“O mundo vai se integrar, estamos falando de globalização, estamos entrando em uma era em que as tecnologias estão se tornando muito poderosas. Elas podem ser poderosas de uma forma positiva, mas também poderosas de uma forma negativa”, disse ele.

“Portanto, a inteligência artificial é um aspecto bastante crítico, nós deveríamos desenvolver e introduzir tecnologia que incentive a inovação, mas essa inovação deve permanecer para as pessoas, centrada no ser humano”, concluiu Zavazava.