A consciência e a vida após a morte
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O que acontece com a consciência depois que morremos?

A consciência e a vida após a morte são temas que intrigam a humanidade há milênios. Muitas religiões e filosofias oferecem diferentes visões sobre o que acontece com a nossa mente e o nosso espírito depois que o nosso corpo morre. Mas será que a ciência pode nos dar alguma resposta sobre esse mistério?

A evolução da consciência

A consciência é a capacidade de perceber, sentir, pensar e se comunicar. Ela é considerada um dos fenômenos mais complexos e misteriosos do universo. Mas como ela surgiu e se desenvolveu na história da vida?

Segundo alguns cientistas, a consciência é um produto da evolução biológica, que começou com os primeiros organismos unicelulares e se tornou mais sofisticada com o surgimento dos sistemas nervosos e dos cérebros. Nessa perspectiva, a consciência é uma propriedade emergente da matéria, que depende da organização e da interação das células e dos neurônios.

Outros cientistas, porém, defendem que a consciência é uma propriedade fundamental do universo, que existe em todos os níveis da realidade, desde as partículas subatômicas até as galáxias. Nessa visão, a consciência é uma forma de energia ou informação, que se manifesta de diferentes modos em diferentes sistemas. O cérebro seria apenas um receptor e um processador dessa consciência cósmica.

A vida após a morte

A vida após a morte é a crença de que a consciência continua a existir de alguma forma depois que o corpo físico deixa de funcionar. Essa crença é compartilhada por muitas culturas e tradições espirituais, que propõem diferentes cenários para o destino da alma, como a reencarnação, o céu, o inferno, o purgatório, o nirvana, etc.

Mas será que há alguma evidência científica para a vida após a morte? Alguns pesquisadores afirmam que sim, baseando-se em fenômenos como as experiências de quase morte (EQM), as memórias de vidas passadas, as comunicações mediúnicas, os sonhos lúcidos, as projeções astrais, etc. Esses fenômenos sugerem que a consciência pode se separar do corpo e acessar outras dimensões da realidade.

Outros pesquisadores, no entanto, negam que esses fenômenos sejam provas da vida após a morte, alegando que eles podem ser explicados por causas naturais, como alterações químicas, elétricas ou hormonais no cérebro, alucinações, ilusões, fraudes, etc. Esses pesquisadores sustentam que a consciência é um fenômeno exclusivo do cérebro, que se extingue quando o cérebro morre.

A consciência e a vida após a morte são questões que desafiam os limites da ciência e da metafísica. Não há uma resposta definitiva ou consensual sobre esses temas, mas apenas hipóteses e especulações. Cabe a cada um de nós escolher a visão que mais nos satisfaz, respeitando a diversidade de opiniões e crenças. O que importa é que a nossa consciência nos permite viver, aprender, amar e evoluir, seja nesta vida ou em outras.

Da matéria à espiritualidade: a origem da consciência e as perspectivas sobre a vida após a morte

Os cientistas sugeriram uma teoria sobre o destino da alma humana após a morte

A ciência e a religião sempre se questionaram sobre a possibilidade da alma ser imortal. Porém, com o avanço da física, mostrando novas propriedades da matéria, essa ideia começou a parecer menos improvável.

Um exemplo é o trabalho do renomado cientista Vernadsky, que abordou seriamente a existência da noosfera – uma espécie de armazém cósmico dos pensamentos e realizações da humanidade.

Hoje, muitos cientistas também conjecturam que a consciência e as emoções de uma pessoa podem não se extinguir simplesmente após a morte. Afinal, existem leis físicas de conservação da matéria e da energia, que afirmam que nada some, apenas se transforma. Embora a essência da alma e dos pensamentos permaneça um enigma, a presença desses pensamentos os torna reais. No entanto, o que ocorre com eles após a morte do corpo é uma questão sem resposta.

O Dr. Stuart Hameroff , da Universidade do Arizona, crê que a compreensão da consciência humana requer a introdução de princípios quânticos. Junto com o matemático Roger Penrose, elaborou a teoria da “redução objetiva orquestrada”, segundo a qual a mente cria sua própria realidade após a morte.

O cientista britânico Sam Parnia , falando no canal National Geographic, apresentou uma versão da existência da consciência humana após a morte. Ele embasou seu argumento com exemplos específicos de pessoas que vivenciaram a morte clínica, que relataram sensações e encontros parecidos com os mortos.

O primeiro a divulgar em alto e bom som tais fenômenos foi o psicólogo e médico americano Raymond Moody, que coletou testemunhos de pessoas que vivenciaram a morte clínica em seu livro “Life After Life”, que se tornou um best-seller em 1975.

Nem todos que passam por essa experiência passam por todas as fases, mas muitos descrevem cenários comuns independente de idade, cultura ou religião. Curiosamente, até pessoas cegas podem experimentar experiências visuais parecidas.

O cardiologista holandês Pim Van Lommel conduziu um estudo científico em larga escala sobre experiências de quase morte, confirmando que não são alucinações. Sua teoria sugere que o cérebro é apenas um “terminal de acesso” à consciência, que, em sua opinião, não se limita ao corpo físico.

É importante notar que, de acordo com muitos que viveram esta experiência, depois dela a sua atitude perante a vida muda drasticamente para uma direção positiva.