Atypical: uma jornada de autodescoberta e amor
“Atypical” é uma série original da Netflix que estreou em 2017, criada por Robia Rashid. A história gira em torno de Sam Gardner, interpretado por Keir Gilchrist, um adolescente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e sua jornada em busca de independência e amor.
O cerne da narrativa é a experiência única de Sam em lidar com o autismo e as complexidades que isso traz para sua vida e para sua família. O TEA é um distúrbio do desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, o comportamento e as interações sociais de uma pessoa. No caso de Sam, sua condição se manifesta de várias maneiras ao longo da série.
Sam é um rapaz extremamente inteligente, apaixonado por pinguins e com um talento especial para matemática. No entanto, ele enfrenta desafios significativos na compreensão das emoções das pessoas ao seu redor e na navegação das nuances sociais do mundo. Ele tem dificuldade em entender piadas, sarcasmo e expressões faciais, o que muitas vezes o deixa em situações desconfortáveis ou confusas.
Um dos aspectos mais notáveis do autismo de Sam é sua fixação em padrões e rotinas. Ele prefere consistência e previsibilidade em sua vida e pode ficar extremamente desconfortável quando esses padrões são interrompidos. Mudanças repentinas de planos ou ambientes novos podem causar ansiedade e desorientação para ele.
Ao longo da série, testemunhamos o crescimento e amadurecimento de Sam, à medida que ele enfrenta desafios como se adaptar à faculdade, buscar independência e explorar sua sexualidade. Sua jornada é acompanhada pelo apoio amoroso de sua família, incluindo sua mãe, Elsa (Jennifer Jason Leigh), seu pai, Doug (Michael Rapaport), e sua irmã mais nova, Casey (Brigette Lundy-Paine).
“Atypical” não só oferece uma representação cuidadosa e autêntica do autismo, mas também aborda questões relacionadas à aceitação, inclusão e amor incondicional. A série destaca a importância de compreender e respeitar as diferenças de cada indivíduo, enquanto celebra as realizações e a humanidade de pessoas como Sam.
Além disso, “Atypical” também explora as experiências daqueles ao redor de Sam, especialmente sua família, e como eles lidam com os desafios e triunfos que surgem em suas vidas. Cada personagem é desenvolvido de forma aprofundada, permitindo uma visão abrangente das dinâmicas familiares e dos laços que os unem.
Em suma, “Atypical” é mais do que apenas uma série sobre autismo. É uma história sobre amor, crescimento pessoal e aceitação, que ressoa com uma ampla audiência e destaca a importância da diversidade e da compreensão em nossa sociedade. Com atuações envolventes, roteiro perspicaz e uma representação sensível do TEA, a série continua a ser uma contribuição significativa para a representação de pessoas com deficiência na mídia mainstream.
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