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Prisão Preventiva Dinocarme, Verginia, Monastério e Fernando Mesquita | CIAP | Operação Parceria

DESVIO »OPERAÇÃO PARCERIA
“Caso Ciap”: seis acusados de desvio têm prisão preventiva decretada
Quatro deles estão presos e dois continuam foragidos. Oito pessoas foram liberadas no último sábado (15/05/2010)

Os fortes indícios de desvio de dinheiro público, detectados em operação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU), levaram a Justiça do Paraná a determinar, na manhã de sábado (15/05/2010), a prisão preventiva de quatro acusados do “escândalo do Ciap”.

Assim, continuam detidos o presidente do Ciap (Centro Integrado de Apoio Profissional), Dinocarme Aparecido Lima, sua esposa, Verginia Mariani, o empresário Juan Carlos Monastério, e o advogado Fernando José Mesquita. Eles são acusados de liderar um esquema milionário de desvio de dinheiro por meio de contratos firmados com prefeituras para oferecer mão-de-obra na área da saúde.

Somente em Londrina/PR – de onde a organização comandava o esquema, segundo as investigações policiais – teriam sido desviados R$ 10 milhões em cinco anos. O Ciap gerencia a oferta de mão-de-obra para o Samu, Policlínica, programa Saúde da Família e setor de Controle de Endemias da Prefeitura de Londrina. Por mês, o Centro recebe em média R$ 2,6 milhões.

Dois foragidos

Duas pessoas também acusadas de integrar o esquema criminoso estão foragidas. Elas tiveram prisões preventivas decretadas no último sábado e podem ser presas a qualquer momento. Em entrevista coletiva na última terça-feira (11/05/2010), o delegado da Polícia Federal em Londrina, Evaristo Kuceki, informou que se tratam de empresários londrinenses.

Outras oito pessoas que foram detidas na terça-feira (11/05/2010), quando a “Operação Parceria” foi deflagrada, foram colocadas em liberdade no sábado (16/05/2010), após prestar depoimentos.

O esquema, segundo a Polícia Federal, funcionava em cinco Estados – além do Paraná, também em São Paulo, Goiás, Pará e Maranhão. Desde 2005, o grupo teria se apropriado de aproximadamente R$ 300 milhões. Os serviços eram contratados sem necessidade de licitação – privilégio permitido pela configuração jurídica do Ciap, que é uma OSCIP – Organização da Sociedade civil de Interesse Público. A organização teria obtido também vultosos benefícios fiscais, inclusive isenção.

Os acusados poderão responder judicialmente por vários crimes, incluindo os de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsificação de documentos e fraude em licitação pública.

Fonte: Londrix