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    Compras

    Salto del Guairá vira paraíso de compras no Paraguai

    PacovioBy Pacovio12 de fevereiro de 2008Nenhum comentário4 Mins Read
    Em apenas um ano, número de veículos brasileiros que cruzam a fronteira subiu de 10 mil para 65 mil por mês
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    Um inusitado movimento de carros congestiona a Avenida Paraguay, a única da pequena cidade paraguaia de Salto del Guairá, na fronteira com o Brasil. As placas denunciam: são carros brasileiros. E os motoristas fazem fila para estacionar diante de uma centena de lojas abarrotadas de gente. Com 9.500 habitantes, Guairá é o novo paraíso das compras no Paraguai e ameaça desbancar a hegemonia de Foz do Iguaçu, tradicional destino dos sacoleiros do Brasil.
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    A frota que passa pelo posto da Receita Federal brasileira subiu, em um ano, de 10 mil para 65 mil veículos por mês. Sem contar caminhões e carros que atravessam de balsa o Rio Paraná, que separa a cidade paraguaia da paranaense Guaíra, a 649 quilômetros de Curitiba.
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    Por terra, Salto del Guairá faz divisa com Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, a 462 km da capital Campo Grande. No lado brasileiro, a Ponte Ayrton Senna, com 3,6 km, liga Guaíra a Mundo Novo. Em relação ao norte do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, o novo centro de compras fica pelo menos 160 quilômetros mais próximo que a paraguaia Ciudad del Este, separada de Foz do Iguaçu pela Ponte de Amizade.
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    “Aqui os preços são iguais (ao de Ciudad), mas a tranqüilidade faz a diferença”, diz a empresária Paula Graziela Wessler, de Curitiba, enquanto compra uma caixa de vinho chileno. “Minha filha Ana Paula, de 7 anos, fica solta e não me preocupo.”
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    Para a microempresária Luciana Crepaldi, de Paranavaí (PR), em Guairá os produtos têm mais qualidade. “Se tiver problema, eles fazem a troca.” Ela viajou com amigos que não gostam de ser confundidos com sacoleiros. “Compramos tênis, roupas, perfumes e eletrônicos, mas não é para revenda, não”, diz Luciana. “Todos sabem que a cota é de US$ 300.”
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    Ivete Cavaca, de Vila Velha, também chegou com três amigas. Ela visitava parentes no Paraná e aproveitou para ir às compras. “Faz dois anos que não vou a Foz. Além de ser mais longe, tem o problema da violência.” Numa das viagens para lá, o grupo foi assaltado.
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    O empresário Gilson Hereck e a mulher, Amabile, reclamaram que os preços já estão subindo. Mas a viagem ainda compensa, porque, segundo ele, os preços são 50% mais baixos que no Brasil.
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    EMPREGOS
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    A cidade tem dois shoppings e um terceiro, com mais de 100 lojas, está em construção. Neles, é possível pagar com dólares, reais e cartão de crédito.
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    De acordo com a vendedora Susan Gonzáles, 90% dos clientes da Towners, uma das principais lojas da cidade, são brasileiros, que “sempre pedem desconto”. Em menos de um ano, a loja dobrou o número de funcionários. “Agora, estamos com 80”, disse a proprietária, a paraguaia Carolina Totonyi, que também construiu um hotel.
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    Os brasileiros são os maiores compradores e ocupam grande parte dos empregos nas lojas. Leônidas Nascimento Filho, 56 anos, morador de Guaíra, é gerente da loja de eletrônicos Casa Simon. Em 2007, graças aos brasileiros, as vendas cresceram 200%, segundo ele. O filho, Leônidas Neto, também é vendedor na cidade.
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    Para Leônidas pai, o maior rigor da Receita em Foz do Iguaçu, com a instalação da Aduana 100% no fim de 2006, contribuiu para a migração da clientela. “Em Foz, eles cadastram os brasileiros que cruzam a ponte e a cota de US$ 300 vale para o mês todo.
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    “No acesso a Guairá, o rigor é menor. Embora a Receita tenha construído, há um ano, uma nova aduana, os carros passam em fila e são parados por amostragem. Nas balsas, que fazem a travessia de hora em hora, apenas a carga dos caminhões é verificada. E é possível seguir pela Linha Internacional, em terra, até Novo Mundo, sem ser incomodado pelos fiscais.
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    O inspetor-chefe da Receita no local, Izidoro José de Oliveira, disse que a fiscalização aumenta conforme a demanda.Na região, segundo ele, ainda não se instalou a figura do “formiga”, o pequeno contrabandista que dribla a aduana com cargas ilegais, como cigarro. “São mais famílias e amigos que compram para uso próprio.
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    “Ônibus de sacoleiros também são raros. “É diferente de Foz porque aqui, por enquanto, não passa o grande contrabando.” Há dois anos, no entanto, a Polícia Federal desbaratou uma quadrilha de Mundo Novo que trazia cargas do Paraguai e distribuía em vários Estados.
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    Fonte: Estado de S. Paulo
    Pacovio
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