História de um Opala 77
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Martins mora num dos prédios e deixa o carro na rua porque está sem bateria. A lataria também está em mau estado. O homem apontado como autor do furto, um pintor de 25 anos, disse que pensou que o veículo tivesse sido abandonado e, por isso, o levou, de acordo com a polícia. O pintor trabalhava numa escola nas proximidades e viu moradores de rua usando o carro para dormir. “Eu tinha a idéia de dar um trato nele e usar para trabalhar”, afirmou o rapaz. Aconselhado por amigos que souberam que o carro tinha dono, ele decidiu fazer a devolução.
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O pintor usou seu próprio carro, um Chevette azul também velho, para rebocar o Opala. Ele só foi identificado porque, ao colocar o carro no local de onde o tinha levado, esqueceu o celular no banco. Quando voltou para pegar o aparelho, acabou surpreendido pelo dono, que chamou a polícia. O suspeito negou a intenção do furto, alegando que fez a retirada e a devolução em plena luz do dia. O eventual crime será investigado por policiais do 9º Distrito Policial. Para o dono do carro, o caso está encerrado. “Como o carro foi devolvido, ficou tudo bem.” Agora, o metalúrgico pensa em arrumar o Opala.